Apresentação



Audiência Pública CULTURA NA ESTATUINTE,
A tradição histórica que se mostra ao revisitar o passado dos pernambucanos, impõe à geração de gestores públicos e produtores culturais contemporâneos o dever cívico de refletir sobre o futuro da cultura em nossa universidade.
A cultura é insumo universal para o desenvolvimento e tende a ocupar um espaço social cada vez mais relevante. Considerando a importância da cultura no âmbito acadêmico e, particularmente, no legado da UFPE, compreendemos que o diálogo sobre a concepção de cultura é estratégico no processo de construção do novo estatuto da nossa universidade. Esta tarefa se faz oportuna por ocasião do debate que pretende construir o novo marco declaratório da comunidade UFPE.
A UFPE como formadora de muitos dos talentos que dão e darão expressão à identidade cultural de Pernambuco, e não pode se ausentar de refletir junto a sua comunidade o papel que pretende ocupar no cenário cultural. A estatuinte deve incorporar a opinião de colegas universitários discentes, docentes e do corpo técnico que, em alguma instância, militam no campo da cultura ou dela são relevantes representantes como formadores de opinião. Para este fim, é necessário a instalação de um processo de consulta às bases acadêmicas para que o posicionamento institucional esteja assentado em um processo participativo, plural e democrático.
Os resultados destes debates devem reverberar com a política do Plano Nacional de Cultura. Pretende-se ouvir o campus e a sociedade. Espera-se que o produto desta oitiva alimente o planejamento estratégico da UFPE, e defina as políticas institucionais para Arte e Cultura, a serem integradas como nas proposições e serem apreciadas por ocasião da Estatuinte ora em curso.
Com o intuito de congregar os interessados em discutir a temática, no próximo dia 10 de junho, a partir das 14 horas, estaremos realizando a Audiência Pública “CULTURA NA ESTATUINTE”. O evento se realizará no auditório 3 do CCSA da Universidade Federal de Pernambuco, instalando um movimento de diálogo e cooperação entre os diversos atores culturais, tanto os da comunidade acadêmica quanto os da sociedade civil pernambucana. Esta mobilização pretende estabelecer questões eixo-orientadoras fundamentais para um debate mais amplo que deverá ocorrer em julho próximo
Com a sua participação as mudanças no estatuto da UFPE serão efetivadas de forma mais democrática e a concepção de cultura se fortalecerá dentro desse novo projeto de universidade. Venha e participe!


Marcos Galindo 
Diretor de Extensão Cultural da UFPE


Resultados esperados
A UFPE precisa ter clareza o papel da cultura, precisamos ouvir o campus. Nesta tarefa é necessário se vencer três desafios: Entender as demandas contemporâneas locais atuais; respeitar a tradição histórica da cultura na universidade; alinhar-se com o Plano Nacional de Cultura.
Para este processo discursivo cabe nos questionar:
·         Qual o papel da universidade na cultura?
·         Quem são os produtores de cultura na Universidade?
·         Como a universidade vai se relacionar com os produtores culturais locais a partir de seus equipamentos e recursos?
·         Qual a formação do Sistema de Cultura da UFPE?
·         Como a cultura se enquadra na composição da Estatuinte da UFPE e no PNC?


O Plano Nacional de Cultura e a UFPE
A cultura vem sendo progressivamente encarada como recurso estratégico para a consolidação das identidades nacionais. A primeira Conferência Nacional de Cultura (CNC), realizada em Brasília entre 13 a 16 de dezembro de 2006, reuniu cerca de 1200 representantes das diversas áreas culturais e de todas as regiões do Brasil que buscaram consolidar a união entre a sociedade civil e governo, na formulação e execução de políticas públicas de cultura. A I CNC elaborou as diretrizes do Plano Nacional de Cultura (PNC), documento base para a operacionalização do Sistema Nacional de Cultura com orientações relacionadas à gestão pública da cultura, aos direitos e à cidadania, à economia da cultura e ao patrimônio cultural. Este documento pode ser considerado o ponto de partida do Marco Legal norteador das metas para incentivar, proteger e valorizar a diversidade artística e cultural brasileira. (Azevedo e Bortolini. S/D)

Não obstante este esforço nacional a ação cultural na UFPE permaneceu por muito tempo desatrelada dos debates do PNC. Esta circunstância nos deixou, por quase uma década, fora das grandes discussões nacionais e internacionais sobre o papel da cultura nas universidades. Urge uma ação forte e decidida para que possamos incorporar a cultura como capital social universitário e nos lançar com força neste contexto nacional, oferecendo ao debate o contributo da tradição e da modernidade pernambucana.
Atualmente a Cultura na UFPE é operada por um conjunto amplo de inciativas desarticuladas que sobrevivem, em sua maior parte, da energia gerada pelo ativismo e empreendedorismo dos produtores culturais. Consciente de seu papel como vetor de articulação e de promoção de políticas públicas a UFPE, de acordo com o que determina o Plano Nacional de Cultura no seu item 3.3.2., Cap. 3, convoca seus colaboradores para discutir a integração dos seus equipamentos culturais, laboratórios de criação artística e de experimentação tecnológica em um Sistema Integrado de Cultura – SiC UFPE.

Sistema Integrado de Cultura | UFPE [SiC]
É um instrumento de articulação de iniciativas culturais e veículo de promoção comunitária de atividades de natureza cultural no âmbito da UFPE.
SiC é um sistema que modela o conjunto de instituições, iniciativas e programas desenvolvidos no âmbito da UFPE, para gerenciar as relações com sua comunidade e com os outros sistemas.
Representa também o legado de realizações de natureza cultural da comunidade acadêmica que evoluiu ao longo da história de nossa universidade.


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